"JUSTIÇA" BRITÂNICA DECIDE MAIS UM ASSASSINATO: o bebê Alfie deve ser morto

Pais desolados: “O Alfie não está pronto e nós não estamos prontos para deixá-lo morrer”

A Corte de Apelação da Inglaterra negou nesta semana o recurso apresentado pelos pais de Alfie Evans, o bebê de 21 meses cujo suporte vital agora deverá ser desconectado pelo hospital infantil Alder Hey, de Liverpool. Foi o próprio hospital que solicitou a ordem judicial para deixar o menino morrer.

Os três juízes da corte de apelação reafirmaram, por unanimidade, a decisão da Corte Suprema, que, em 20 de fevereiro, tinha considerado “cruel, injusto e desumano” permitir que o bebê em “estado semi-vegetativo” continuasse vivendo com um respirador artificial.


Uma das juízas, Justice King, observou que, segundo uma ressonância magnética feita em novembro de 2017, cerca de 70% da matéria do cérebro de Alfie já havia sido destruída.

No entanto, o hospital nunca conseguiu fazer um diagnóstico exato do que Alfie tem: o que foi informado é que ele sofre de uma “possível desordem metabólica”. Ainda assim, o hospital pediu à justiça britânica que retirasse a custódia do menino dos próprios pais, Thomas e Kate Evans, a fim de poder desconectá-lo do respirador artificial. Médicos da instituição disseram que a “qualidade de vida” de Alfie não é “tolerável” e que é “inútil” proporcionar tratamento a ele.

Por outro lado, o hospital italiano Bambino Gesù, ligado ao Vaticano, se ofereceu formalmente para receber o menino, diagnosticá-lo e procurar uma possível cura. A instituição chegou a enviar médicos a Londres para examinarem o bebê. A situação de Alfie tem pouquíssimas possibilidades de reversão e os próprios médicos do Bambino Gesù alertaram claramente para os altos riscos envolvidos na viagem do bebê para a Itália – mas os pais querem continuar tentando ao menos encontrar um diagnóstico preciso e, talvez, por mais remota que seja, alguma chance de tratamento para o filho.

Esta é, em realidade, a questão mais preocupante envolvida no caso: por que o Estado teria alguma prerrogativa de impedir que os pais de um bebê doente tentassem um tratamento, por mais remotas que fossem as possibilidades de êxito? Com que base um Estado teria o direito de se intrometer a esse ponto numa decisão de família que visa o bem de uma criança?

A luta de Thomas e Kate chamou a atenção do mundo inteiro e dezenas de milhares de pessoas têm-lhes dado apoio, formando nas redes sociais o “Exército de Alfie”.

O advogado da família declarou recentemente:

“Eles estão lutando para ter mais alguns meses e continuar procurando opções. É uma posição que milhões de pais em todo o mundo adotariam. Ele morrerá lutando, mas morrerá como um herói. Milhões de pessoas considerarão essa morte nobre e heroica”.

O pai, Thomas, afirmou o mesmo:

“Se o Alfie morrer na viagem, ele vai morrer como um herói. Vai morrer como um soldado. Ele merece viver, merece ser levado a outro lugar e ter alguma opção. Eu sempre tenho esperança”.

No entanto, nada disso comoveu a “justiça” britânica. Assim como no caso igualmente trágico do pequeno Charlie Gard, os “fazedores de justiça” determinaram que Alfie não é digno de continuar tentando. Alfie, para eles, deve morrer logo.

Os pais estão desolados. Em uma declaração de partir o coração, o pai do menino disse à rede BBC:

“O Alfie não está pronto e nós não estamos prontos para deixá-lo morrer”.

É fundamental reiterar: não é apenas a questão médica o que está em jogo nesses casos. O mais grave é que estamos diante de (mais) uma decisão totalitária do Estado, que atropela a decisão de uma família a respeito da vida do próprio filho, impedindo-a de sequer tentar. Este é o gravíssimo contexto abordado e explicado no seguinte artigo, escrito a propósito do caso Charlie Gard e válido para quaisquer casos semelhantes.

Fonte: Aleteia