GÊMEOS EM GESTAÇÃO DE ALTO RISCO SOBREVIVEM PORQUE FICARAM ABRAÇADOS E DE MÃOS DADAS

A professora de ensino básico Hayley Lampshire, de 27 anos, e seu marido Charlie, casados desde 2015, tiveram duas fortes surpresas quando ela ficou grávida: além de esperarem gêmeos idênticos, os dois bebês eram monocoriônicos e monoamnióticos. Isto quer dizer que eles compartilhavam a mesma placenta e a mesma membrana ou saco amniótico. Nesta condição rara, que só acontece em 1% das gestações gemelares, a taxa de mortalidade atinge 50%, devendo-se principalmente ao entrelaçamento dos cordões umbilicais e ao conseguinte alto risco de que o suprimento de oxigênio e alimentos seja interrompido – a menos que os bebês se mexam o mínimo possível dentro do útero.
E, providencialmente, foi justo isso o que os gêmeos Rowan e Blake fizeram: além de ficarem quietinhos, eles permaneceram praticamente abraçados até o momento do parto!

“O Charlie e eu ficamos desolados quando soubemos que os nossos bebês estavam em perigo. Disseram para nós que a ‘interrupção seletiva’ seria o último recurso possível, mas tentamos nem pensar nisso”, conta Hayley. Por “interrupção seletiva”, ela se refere à sugestão dos médicos de abortar um dos filhos.

À medida que a gestação avançava e o risco só aumentava, tornava-se cada vez mais crucial que os bebês se mantivessem quietos ao máximo. Era esta a única chance de sobrevivência que eles tinham. E parecia que Rowan e Blake “sabiam” que precisavam “colaborar”! Aliás, eles fizeram mais do que ficar quietinhos: imagens de ultrassom mostram os irmãozinhos abraçados e, em alguns momentos, até de mãos dadas!

“Em algumas imagens, parecia que eles estavam se abraçando. O Charlie e eu ficamos apavorados no começo, mas queremos compartilhar a nossa história para garantir aos outros pais que existe esperança”, testemunha a mãe.

Os bebês nasceram de cesárea no final de agosto de 2016, na 34ª semana de gestação, pesando pouco mais de 2 quilos cada um.

Hayley comenta o bom progresso dos filhos: “Os meninos nasceram com 36 segundos de diferença e foram imediatamente para os cuidados especiais. Eles tinham fluido nos pulmões e estavam lutando para respirar por conta própria. Eu recebi alta três dias depois, mas eles tiveram que ficar três semanas no hospital. A pior parte foi deixá-los lá. Mas agora eles estão bem, crescendo rápido, e nós sabemos que somos muito felizardos por tê-los conosco. Quando eles crescerem, vamos contar o quanto esse vínculo entre eles é especial!”.

Comentários