HISTÓRIA DE SANTA ESCOLÁSTICA, VIRGEM

Origens

Escolástica e Bento nasceram na cidade de Nórcia, no centro da Itália, no ano 480. Filhos de família rica e nobre, sofreram uma grande perda logo ao nascer, pois a mãe faleceu no parto. Apesar da ausência da mãe, receberam educação primorosa e sólida formação na fé cristã. Tanto que Santa Escolástica, quando era ainda muito jovem, e antes mesmo de se tornar monja, decidiu consagrar-se totalmente a Deus com o voto de castidade.

Vocação

O voto de castidade feito por Santa Escolástica antes mesmo de se tornar freira, mostra a certeza de sua vocação. Porém, ela ainda não sabia como deveria viver este chamado profundo que Deus lhe fizera. No tempo de seu amadurecimento vocacional, seu irmão, São Bento, fundou a Ordem Beneditina e o primeiro mosteiro cristão do Ocidente. A regra de vida dos beneditinos era a inspiração que faltava para Santa Escolástica discernir por completo sua vocação. Assim, ela seguiu os passos do irmão e fundou o ramo feminino da Ordem Beneditina. Um pequeno grupo de moças a acompanhou nesta jornada.

A Ordem das Beneditinas

Santa Escolástica contou com toda a ajuda do irmão no que diz respeito à adaptação da regra de vida dos beneditinos ao modo de ser feminino. Assim nasceu o primeiro mosteiro cristão feminino do Ocidente, fundamentado, principalmente, na vida em comunidade e no princípio “Ora et Labora” (oração e Trabalho) criado por São Bento. Até então, monges e monjas eram eremitas que viviam isolados, sem uma vida em comunidade. Já os beneditinos viviam com horários e atividades bem definidos ao longo de todo o dia.

A ordem floresce

O mosteiro das beneditinas, que começou pequeno, logo floresceu e várias moças começaram a procura-lo para ali ingressarem e viverem a consagração total a Deus na oração, no trabalho, no estudo e na vida em comunidade, ajudando, compartilhando e suportando umas às outras com caridade e amor cristão.

A relação com o irmão São Bento

A relação de Santa Escolástica com seu irmão gêmeo São Bento, era profunda. Havia entre eles uma ligação inspiradora. Os mosteiros masculino e feminino ficavam pertos um do outro. Porém, os dois irmão só se viam uma vez por ano, no tempo da Páscoa, por causa das regras de vida e das mortificações que se impunham.

O último encontro entre os irmãos

Certa vez, num desses encontros em que estavam São Bento, Santa Escolástica e mais alguns monges e monjas dos dois mosteiros, eles passaram o dia conversando sobre as coisas espirituais e as riquezas do Reino dos Céus. Ao anoitecer, São Bento, rígido, avisou que era hora de voltarem para seus mosteiros. Santa Escolástica, porém, insistia em ficar mais, pois o crescimento espiritual e o colóquio entre os irmãos estavam preenchendo sua alma. São Bento, porém, permanecia irredutível. Então, Santa Escolástica orou pedindo ajuda a Deus, Nesse momento caiu uma chuva torrencial que impedia a todos de irem embora. Assim, permaneceram toda a noite ali, partilhando as coisas Deus e rezando. Ao amanhecer, todos foram para seus mosteiros. Três dias depois Santa Escolástica faleceu. São Bento, em oração, viu o espírito da irmã, como uma pomba, entrar no paraíso. Por isso, Santa Escolástica é representada com uma pomba branca na mão ou no peito. Era o dia 10 de fevereiro do ano 547.

Morte de São Bento

São Bento sepultou a irmã no túmulo que ele tinha preparado para sua própria sepultura. Quarenta dias após a morte da irmã, era a vez de São Bento ser levado para o céu. Ele faleceu no mosteiro que fundara, levando para Deus uma vida santa. A mensagem e a forma de vida de São Bento e de Santa Escolástica influenciaram todo o Ocidente cristão. Das Ordens religiosas criadas por eles, várias outras foram criadas, todas vivendo sob a regra de vida baseada no lema “Oração e Trabalho”.

Oração a Santa Escolástica

“Ó Deus, Pai de misericórdia, Santa Escolástica mostrou que nossa missão é servir, é carregar os fardos uns dos outros, é promover a harmonia e a paz entre todos os homens. Dá-nos compreender em profundidade esses teus desígnios, para que nos aproximemos de Ti, para que Te reconheçamos nos irmãos e para que Te louvemos e bendigamos sem cessar. Amém.”

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